Ao contrário do que pode-se imaginar, exercitar os músculos do assoalho pélvico (MAP) é uma prática bastante antiga. Em especial na Índia estes exercícios vem sendo passados de mãe para filha há milênios, como forma de tornar a mulher mais feliz, melhor esposa e mãe. Elas têm suas origens num ramo especial da Yôga, a Yôga Tântrica, cuja prática também pode ser chamada pompoarismo.
Em teoria o pompoarismo consistiria de oito manobras de contração da musculatura vaginal e dos grandes lábios da vulva para produzir movimentos que permitem que a vagina execute variados movimentos ao redor do pênis.
Estas manobras eram conhecidas originalmente como sugar, chupitar, torcer, estrangular, expelir, ordenhar, revirginar e travar. Podem ser realizadas com intensidade e velocidade variável, em sequência ou de forma alternada, de acordo com cada gosto em particular.
A antiga teoria do pompoarismo afirmava que a vagina era formada por uma sequência de "anéis vaginais", empilhados um sobre o outro como numa centopeia. Deste modo estes anéis poderiam ser contraídos individualmente ou todos ao mesmo tempo, de forma alternada ou sequencial. Isso permitiria a realização das oito manobras citadas: por exemplo, a contração em sequência dos anéis, um após o outro, poderia produzir um efeito semelhante a um "dedilhar" ao redor do pênis. A contração mais vigorosa dos grandes lábios também seria fundamental na realização das manobras.
Hoje sabemos que tudo isto não passa de lenda, criada pelo desconhecimento da anatomia humana (na Índia primitiva a violação de cadáveres era prática proibida, assim como foi durante a Idade Média para os povos ocidentais).
Mas, como veremos a seguir, as manobras pompoares existem, podem ser verificadas e o efeito é realmente semelhante à ordenhar, torcer, etc. A vagina não pode realizar estes movimentos, que é produzido na verdade por uma associação de movimentos da musculatura vaginal (MAP), da musculatura do tronco (especialmente os abdominais) e do quadril (músculos que ligam a pelve ou bacia às coxas).
Existe na realidade apenas UM grande anel muscular (a MAP) que envolve a vagina, cuja contração é sempre conjunta. Isto significa que é impossível contrair uma região da MAP sem contrair todas as outras ao mesmo tempo, inclusive porque a inervação é uma só. Esta contração total pode acontecer de forma voluntária (consciente, por vontade própria da mulher) ou inconsciente (como no orgasmo).
Quanto aos grandes lábios da vulva, estes são formados principalmente por pele e gordura, servindo de proteção externa para o aparelho genital inclusive contra o impacto do corpo do parceiro durante a relação. A face interna dos grandes lábios é revestida por um tipo de tecido com características ligeiramente contráteis. Algo semelhante ao tecido dos mamilos, de contração bem sutil e que portanto não pode de forma alguma ser contraído voluntariamente. Além do mais, esta contração é tão discreta que dificilmente pode ser notada, e menos ainda ter alguma influência no ato sexual.
Mas então como são produzidas as manobras pompoares?
As manobras são produzidas através de uma associação de movimentos de quadril, como um sutil rebolar, inclinar para frente e para trás, inclinar para os lados, girar de leve para trás (arrebitar o bumbum), etc. Também por diferentes contrações dos abdominais e, como não poderia deixar de ser, por diferentes tipos de contração da MAP.
Por este motivo, reformulamos a antiga teoria do pompoarismo dentro dos conceitos científicos modernos de anatomia e de cinesiologia (a ciência do movimento humano). Adotamos o termo neopompoarismo para esta reformulação, que descreve, quantifica e qualifica cada um dos movimentos abdominais separadamente; dá especial atneção aos movimentos de quadril envolvidos e descreve em separado os diferentes tipos de contrações que a MAP deve realizar (especialmente quanto a velocidade, resistência e força).
Ao nosso ver, o conhecimento preciso dos verdadeiros mecanismos de contração que produzem as famosas manobras pompoares pode favorecer a realização destas manobras, facilitando especialmente o aprendizado.
Pronta para treinar o pompoarismo? Que tal aprender
uma manobra hoje?
| neopompoarismo |
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