Os exercícios de Kegel são um protocolo obsoleto e ultrapassado, publicado em 1942, sem fundamento na fisiologia do exercício (ciência que estuda os exercícios).
HISTÓRIA
Em meados dos anos 1940 o ginecologista norte-americano Arnold Henry Kegel percebeu já sabia que após o parto muitas mulheres apresentavam incontinência urinária. Examinando o assoalho pélvico destas mulheres ele percebeu que praticamente todas apresentam algum tipo de fraqueza ou flacidez daqueles músculos - o que fazia muito sentido ao pensar que um bebê passou por ali.
Sabendo que músculos podem ser fortalecidos por exercícios, Kegel teve a brilhante ideia de montar um protocolo de reforço muscular específico para aqueles músculos genitais que a partir daí, passaram então a ser conhecidos como Exercícios de Kegel. Kegel descreveu resultados surpreendentes: praticamente todas as pacientes tiveram resultados positivos. Foi registrado, em todas elas, no mínimo alguma redução na incontinência, sendo que em alguns casos o problema havia sido totalmente eliminado.
Para maior surpresa do médico, algumas das pacientes relataram uma melhora significativa no prazer durante o relacionamento sexual. Algumas delas que, por exemplo, nunca haviam sentido um orgasmo anteriormente, experimentavam pela primeira vez desta sensação, simplesmente pela estimulação da MAP através daqueles exercícios tão simples.
Ele publicou seus achados sobre incontinência em um artigo em 1948 e, mais tarde, em 1953, publicou um estudo falando sobre a melhoria da função sexual de suas pacientes. Fazia muito sentido, afinal estes músculos atuam nas duas funções.
Este foi praticamente o nascimento da Fisioterapia Pélvica: o ramo da saúde que trata as disfunções do assoalho pélvico por meio principalmente de exercícios. Muito tempo se passou, e em 1990 a fisioterapeuta pélvica Kari Bo publica um novo protocolo para reforço da MAP, desta vez baseado em fisiologia de exercício, e com resultados comprovados por mais de 50 ensaios randomizados controlados (o melhor tipo de artigo científico possível).
Mas não é só reforço que necessita a MAP, então em 2017 o fisioterapeuta pélvico Bary Berghmans publicou o protocolo que ficou conhecido como "5Fs", no qual antes do reforço é necessária uma fase de educação e propriocepção, e logo depois do reforço duas fases de treinamento funcional progressivos. O resultado dos avanços da ciência e tecnologia sobre os exercícios do assoalho pélvico é a redução dos seis meses de tratamento com o protocolo de Kegel para dois meses com o protocolo de Berghmans. O resultado, é eficiência e eficácia para você, paciente.
PROTOCOLO
No protocolo clássico de Kegel a pessoa deve fazer 90 contrações por dia, contraindo com a maior força possível.
Provavelmente você deve estar pensando que é impossível realizar 90 contrações da MAP todos os dias, certo? Sua suspeita não está errada. Hoje sabemos que esta musculatura fadiga em média na quarta ou quinta contração, ou seja, 90 contrações de qualquer jeito não é um jeito inteligente nem eficiente de treinar sua MAP. Por este motivo os protocolos para treinamento do assoalho pélvico evoluíram, e hoje apresentam eficácia e eficiência muito maiores.
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