Atenção: Eletroestimulação isolada NÃO É FISIOTERAPIA PÉLVICA. Exija serviço de qualidade.
Todo músculo responde com contração a um estímulo elétrico. Partindo desse fato, o uso de correntes elétricas de baixa intensidade no treinamento muscular vem sendo utilizado há quase um século.
Em meados da década de 70 surgiram as primeiras sondas vaginais ou retais que, ao serem introduzidas naqueles canais, produzem estímulos elétricos que provocam a contração da MAP, independentemente da vontade da pessoa ou não.
Como acontece para qualquer outra musculatura, a eletroestimulação não causa diretamente o fortalecimento da MAP. Para que este fortalecimento ocorra, é indispensável que durante o tratamento sejam realizados os exercícios de fortalecimento com carga, como os dereforço do assoalho pélvico, utilizando ou não cones vaginais, com biofeedback ou com a resistência das mãos do fisioterapeuta.
A importância da eletroestimulação está naqueles casos onde a pessoa não sabe ou não consegue identificar ou contrair sua MAP por vontade própria, e a fisioterapeuta falhou em conseguir esta contração com todas as outras técnicas proprioceptivas disponíveis.
É relativamente comum encontrar pessoas que não saibam contrair a MAP, uma vez muitas delas mantém sua MAP praticamente inativa, por nem mesmo saber da existência desse grupo muscular. Nestes casos, o estímulo elétrico fornece uma informação neuromotora, ensinando a mulher qual musculatura exatamente deve ser contraída, e de que jeito ela deve contrair.
Praticamente não existem efeitos colaterais, a não ser algum desconforto local. São poucos os casos onde esta terapia pode ser contraindicada.
Um eletrodo anatômico é introduzido na vagina ou no reto, dependendo do caso. Ele produz um estímulo elétrico de baixa intensidade: um choque bem fraquinho. Este estímulo causa duas respostas bastante distintas: contração da MAP e inibição da hiperatividade da bexiga, como descrito a seguir.
Primeiro efeito elétrico: contração da MAP
A corrente elétrica proveniente do eletrodo vaginal ou anal atinge o nervo pudendo, responsável pela inervação dos MAP. A resposta à este estímulo é uma contração reflexa (inconsciente) da musculatura. Esta contração reflexa não causa diretamente o fortalecimento dos MAP, mas fornece um estímulo proprioceptivo (informação ao sistema nervoso; sensibilidade de movimento) muito importante para aquela mulher que não sabe como contrair sua MAP.
Para que haja o fortalecimento da musculatura, são indispensavelmente necessários os exercícios com carga para a MAP.
Segundo efeito elétrico: inibição da hiperatividade do detrusor
Outro efeito que a estimulação elétrica dos MAP causa é a redução da hiperatividade do detrusor. Certos casos de incontinência urinária são causados por um comportamento nervoso anormal do músculo detrusor, que forma a bexiga em si. Contrações involuntárias (sem a vontade da pessoa) do músculo detrusor (que esvazia a bexiga) fazem com que esta seja esvaziada fora de hora.
O que faz o detrusor contrair-se de maneira desordenada são estímulos nervosos atípicos (não normais), que fogem do controle voluntário. Estudos vêm descrevendo que a eletroestimulação, com uma corrente especificamente desenhada para este fim, tem funcionado bem no combate a este tipo específico de incontinência.
Terceiro efeito elétrico: aumentar sensibilidade do clitóris, paredes vaginais e lubrificação
Estudos recentes têm descrito que o uso de uma corrente de eletroestimulação específica, exclusivamente aplicada por eletrodo interno por via vaginal, utilizando parâmetros específicos para a estimulação da mucosa e do clitóris, têm aumentado nçao só a lubrificação feminina diária e durante a excitação sexual, mas também a sensibilidade interna do canal vaginal e a sensibilidade do clitóris em si, melhorando assim o desempenho sexual. Por este motivo esta corrente recebeu o carinhoso apelido de "corrente mágica" pela equipe de pesquisadores que a desenvolveu.
Por ser desenvolvida para provocar efeitos no clitóris e na mucosa vaginal (interna), a "corrente mágica" só pode ser utilizada, obviamente, por meio de ELETRODOS INTRACAVITÁRIOS (dentro da vagina).
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