Importante: o orgasmo prematuro (ejaculação precoce) é causado por disfunção dos músculos SUPERFICIAIS do assoalho pélvico, que não podem ser alcançados por via anal. O tratamento de toda disfunção sexual masculina, portanto, é realizado com treinamento dos músculos superficiais, POR FORA DO CORPO, e não por via anal.
Ejaculação é o termo utilizado para definir a emissão de sêmen (espermatozoides, líquido das vesículas seminais e líquido prostático).
Orgasmo são as contrações rítmicas que caracterizam o clímax da relação sexual, momento no qual, no homem, normalmente acontece a ejaculação.
Orgasmo e ejaculação são desencadeados por um reflexo medular, automático, chamado reflexo ejaculatório.
São dois fenômenos distintos e que podem acontecer independentemente: pode acontecer um orgasmo mais brando com contrações mais fracas, sem que uma gota de sêmen deixe o pênis. Por outro lado, a contração das vesículas seminais pode ocasionar perda de sêmen mesmo fora de momentos de orgasmo, com as características e fortes contrações da musculatura do assoalho pélvico (MAP).
Por este motivo o termo ejaculação precoce, utilizado para designar a dificuldade de retardar ou controlar o orgasmo masculino até a satisfação do homem e/ou sua parceira(o), parece não ser tão apropriado. Por este motivo utilizamos aqui, para este fim, o termo orgasmo prematuro que, clinicamente, pode se traduzir num problema tanto masculino quanto feminino.
Ejaculação HipoativaRecentemente um estudo descreveu que um em cada sete homens está descontente com a quantidade de sêmen ejaculado no momento do orgasmo. A este fenòmenos chamamos ejaculação hipoativa, que pode ser causado tanto pela hiperatividade da MAP (músculos "trancados", contraturados) quando por sua hipoatividade (fraqueza, relacinoada especialmente à idade). Para ambos o problema o tratamento é fisioterapia pélvica especializada.
É a incapacidade de retardar o orgasmo e todas ou quase todas as penetrações vaginais, ou até que o homem e parceira estejam satisfeitos. É uma das disfunções sexuais masculinas mais comuns, atingindo metade dos homens em todo o mundo.
Apesar de se imaginar que o distúrbio é causado unicamente por problemas emocionais, o mais comum é uma combinação de fatores físicos (corporais) e psíquicos (emocionais).
Dentre os fatores emocionais destacam-se ansiedade, insatisfação sexual, conflitos em geral, estresse e preocupação com a disfunção erétil.
Já os fatores físicos (corporais) que podem levar ao OP estão distúrbios hormonais, especialmente da glândula tireoide, doenças inflamatórias, fatores genéticos, hiperatividade da musculatura do assoalho pélvico (MAP) e uso de sedativos.
Conhecer exatamente quais fatores físicos e emocionais estão influenciando o OP de cada caso é fundamental para o sucesso do tratamento. Para a maioria absoluta dos casos o problema é uma soma de impercepção, incoordenação e hiperatividade dos músculos do assoalho pélvico.
A musculatura do assoalho pélvico (MAP) pode ser sentida, no homem, como os músculos que fecham o ânus e apertam a base do pênis ao mesmo tempo. Quando o homem está em ereção e contrai sua MAP, ele percebe um rápido aumento no enrijecimento.
O orgasmo é caracterizado por contrações rítmicas e sequenciais de músculos involuntários que envolvem os testículos (que fabricam os espermatozoides), os epidídimos (que armazenam os espermatozoides), as vesículas seminais (que fabricam o gel que compõe o sêmen), a próstata (que fabrica o solvente do gel seminal), o pênis (que conduz o sêmen para fora do corpo), e de músculos voluntários (que contraem por nossa vontade), os músculos do assoalho pélvico (que aceleram e dão potência ao jato).
A contração voluntária da MAP é capaz de inibir o reflexo ejaculatório. Ou seja: controlar o orgasmo.
De todos estes músculos, os maiores e mais potentes são a MAP, que também é a única de contração voluntária, ou seja, que conseguimos contrair por própria vontade (os demais contraem automaticamente, independente de nossa vontade). Apesar de voluntária, a MAP se relacionada com todos os outros músculos, de modo que ao contrairmos voluntariamente a MAP conseguimos influenciar os outros, mesmo os involuntários.
A supressão do orgasmo exige contrações submáximas (muito leves) e rápidas (em rajada) dos MAP, movimentos estes que exigem graus elevados de propriocepção e coordenação motora destes músculos. Sem o treinamento necessários da MAP é impossível segurar o orgasmo.
Por se tratar de um problema que pode ser causado por várias situações distintas, a avaliação multiprofissional (por profissionais de saúde diferentes) é altamente recomendada. Saber exatamente o que está causando o problema é o primeiro passo para que o tratamento seja, de fato, eficaz.
A contração da MAP, musculatura ao redor do ânus e da base do pênis, é capaz de inibir reflexos medulares, como o reflexo urinário e o ejaculatório.
Noutros termos, ao contrair a MAP ativamente durante a relação sexual, e especialmente naqueles momentos que antecedem o orgasmo, o homem pode inibir o reflexo ejaculatório, e assim evitar temporariamente o orgasmo. É esta a base do tratamento fisioterápico para o OP.
Por ser um método sem efeitos colaterais, a fisioterapia pélvica, especialmente exercícios do assoalho pélvico, auxiliados ou não por biofeedback ou eletroestimulação, em conjunto com a psicoterapia, devem ser a primeira opção de tratamento para homens com OP.
Especialmente o treinamento da coordenação motora da MAP apresenta grande sucesso no estabelecimento ou restabelecimento do controle sobre o orgasmo, com melhora em até 100% dos casos.
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