Rev Bras Fisiot Pelvica
Panorama: Indivíduos com lesão medular espinhal (LME) podem desenvolver disfunções urinárias e serem beneficiados por Fisioterapia Pélvica (FP). A literatura ainda é escassa e não enfatiza a perspectiva do paciente. Objetivo: Analisar a percepção de mulheres com diagnóstico de LME e queixas urinárias sobre a FP. Método: Estudo qualitativo, retrospectivo com amostra de conveniência de mulheres com diagnóstico de LME. Realizada entrevista sobre a atuação da FP na função urinária. Respostas foram categorizadas em unidades de significados e analisadas pela técnica de Bardin. Resultados: Amostra constituída por quatro mulheres com diagnóstico de LME, 34,2 ± 10 anos e 97 ± 8 meses de tempo de diagnóstico, todas com paraparesia e em menacme. Disfunções urinárias resultaram em alterações sociais, de vida diária e emocionais. Participantes desconheciam a FP e foram encaminhadas por profissionais da saúde. Após FP foi relatado melhor contração do assoalho pélvico, redução da incontinência urinária, aumento da capacidade vesical e melhoria sensorial. Conclusão: A FP foi valorizada pelas participantes, proporcionando benefícios significativos na função urinária com impacto positivo na vida social e emocional.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional